sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desafio surpreendente


Havia sido convidada para ministrar uma disciplina e, portanto, teria que ir à uma primeira reunião com a coordenadora do curso e os demais tutores. A disciplina iria acontecer antes do curso de formação inicial em tutoria. Assim fiz, aceitei o convite. Era tudo muito novo para mim. Era a oportunidade, ali, naquele momento se apresentando...
Realmente era um desafio iniciar uma disciplina sem ter tido tempo para preparo, sem conhecer os detalhes do processo, mas a experiência em sala de aula no ensino superior passava uma certa segurança nesse sentido e a facilidade em informática, além do acesso fácil ao meio digital também. Porém, nessa experiência eu era aluna/tutora ao mesmo tempo porque aprendi ao mesmo tempo que mediava o ensino para meus alunos.

Logo vi os outros desafios que iria ter de enfrentar: motivação, tempo, afetividade, evasão, enfim, alguns que se apresentam no universo da modalidade ead.
As aulas presenciais foram maravilhosas, porém rápidas e esparsas, duas apenas, poucas no sentido de que era uma necessidade estreitar os vínculos.
Só me restava a tela, então, para estreitar essas relações à distância.

O surpreendente é que dá certo, com aqueles que também estão abertos a isso. Tive alguns alunos muito abertos a esse processo e foi muito satisfatório o nosso caminhar.
A disciplina foi bem sucedida, os alunos gostaram, eu gostei da experiência, contudo, em minha autoavaliação reconheço que teria sido melhor mesmo, após o curso de formação inicial. Logo depois de finalizada a disciplina a turma do curso iniciou e pude constatar isso. Não no sentido do conteúdo, mas no sentido dos recursos de que eu poderia dispor mais para motivá-los. Fiquei um pouco tímida, sem colocar muitas imagens nas falas, por não saber se era permitido esse tipo de apresentação, esse tipo de coisa mais enfeitadinha que vemos alguns tutores utilizando.
Foi um desafio surpreendente, porque acabei trabalhando meus limites e virtudes, exigindo mais de mim e de todo o processo. Ser tutor não é fácil - é um fato. Não dá para brincar de ser tutor em Ead. É um trabalho sério e um desafio tão grande igualmente manter sua turma presente. Trabalhar assim não é para todos, exige conhecimentos e mecanismos internos e externos que devem auxiliar no caminho de ensino-aprendizagem dos alunos que o escolhem como modalidade de ensino para suas vidas.


Valeu a pena!

Um comentário:

  1. Muito bom seu texto, Wirla.
    Gostei de você ter citado os desafios que enfrentamos como tutores e também de ter falado sobre a necessidade de se fazer um trabalho com disciplina e seriedade. Assumir uma turma sem ter feito o curso inicial e sem conhecer os recursos disponíveis no AVA deve ter sido mesmo muito difícil. Que bom que tudo deu certo.
    Um abraço

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