segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Quando o carteiro chegou...
Minha primeira experiência como tutora em EaD foi no SENAC, no período de 1995 a 2001, trabalhando em regime de CLT, cumprindo uma carga horária de 20 h semanais na instituição a disposição dos alunos para orientações e também para realizarmos correções de atividades e avaliações. No início entrei como aluna e fiz vários cursos na área de Administração com foco em Gestão de Pessoas: Relações Humanas, Relações Interpessoais no Atendimento ao Público, Chefia e Liderança etc.
Quando aluna, eu fazia os cursos com muita rapidez e por isso chamei atenção do coordenador da EaD, que pediu o meu currículo e me convidou para fazer um contrato de experiência para substituir um professor que estava assumindo uma chefia. Em seguida participei de um processo seletivo e fiquei como professora efetiva, ministrando vários cursos. Cada professor tutor ministrava todo curso e não apenas uma disciplina.
Eram muitas cartas transitando as aprendizagens na EaD. Não havia a facilidade das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e os cursos funcionavam por correspondência e/ou por meio do deslocamento dos alunos ao SENAC para realizarem suas matrículas, deixarem e pegarem os módulos e para fazerem suas avaliações finais. Também tínhamos aulas presenciais que não eram obrigatórias, mas eram sempre bem frequentadas. Os alunos de Fortaleza faziam suas avaliações finais no SENAC. Havia um espaço destinado para estudos, além do acesso a biblioteca e videoteca.
Cada professor de EaD tinha um fichário com todas as matrículas dos alunos onde fazíamos o controle de entrega e recebimento das atividades, avaliações e aulas presenciais. Uma só pessoa digitalizava todo esse material no sistema. Também enviávamos cartas e telefonávamos para os alunos cobrando as atividades e convidando para as aulas presenciais e incentivando para concluírem seus cursos, pois lidávamos com a problemática da evasão que ainda persiste na EaD.
Continuo gostando de estudar a distância e já fiz vários cursos promovidos pelo MEC, em parceria com algumas universidades: Africanidades Brasil, Escola Que Protege, Prevenção ao Uso de Drogas e outros. Meu recomeço na EaD, como tutora foi no curso de extensão de Educação em Direitos Humanos e agora na graduação no curso de Licenciatura em Pedagogia. Hoje tudo é mais fácil e rápido com as TIC.
Ao longo do tempo vejo que a modalidade da EaD vem se estruturando como uma grande aliada na formação de profissionais de diversas áreas do conhecimento, atingindo localidades onde as pessoas tem difícil acesso aos estudos e também favorecendo aos que tem pouco tempo, embora morando em localidades favoráveis. Nesse sentido, acredito que a expansão da EaD é contínua e tende a ser cada vez mais reconhecida e aceita pelas pessoas que necessitam de formação inicial e continuada.
Verônica Maria Benevides Pedrosa
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Verônica,
ResponderExcluirGostei muito do seu texto. Quanta experiência você já tem nessa modalidade de ensino! Com certeza, tem muita coisa boa para compartilhar com todos da turma.
Um abraço